segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sonhos e Conquistas 1 - Helen Keller

Helen Keller

Helen Adams Keller (Tuscumbia, 27 de junho de 1880 — Westport, 1 de junho de 1968) foi uma escritora, conferencista e ativista social .
Nascida no Alabama, foi dos maiores exemplos de que as deficiências sensoriais não são obstáculos para se obter sucesso. Helen Keller foi uma extraordinária mulher, triplamente deficiente, que ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como febre cerebral (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). Superou todos os obstáculos, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do nosso século. Ela sentia as ondulações dos pássaros através dos cascos e galhos das árvores de algum parque onde ela passeava.
Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência. Anne Sullivan foi sua professora, companheira e protetora. A história do encontro entre as duas é contada na peça The Miracle Worker, de William Gibson, que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan, em 1962, dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller).

A professora Anne Sullivan havia estudado na Escola Perkins para Cegos (Perkins School for the Blind) pois, quando criança tinha sido cega, mas recuperou a visão através de nove operações. Sua indicação para ensinar Helen foi feita por Alexander Graham Bell, que havia sido procurado pelos pais de Helen. Desde essa época, professora e aluna, tornaram-se inseparáveis até a morte do Anne Sullivan em 1935.

Anne Sullivan assumiu a tarefa de ensinar Helen e para isso necessitou de muita coragem a persistência. As alunas cegas da Escola Perkins fizeram-lhe uma boneca pare levar A Helen. o vestido dessa boneca to feito por Laura Bridgman, primeira cega-surda educada na Perkins. Anne Sullivan iniciou seu trabalho com Helen utilizando a boneca e tentando relacionar o objeto à palavra atreves da soletração da palavra “BONECA” pelo alfabeto manual. Helen logo aprendeu a repetir as letras correta¬mente, mas não sabia que as palavras significavam coisas. Aprendeu através desse método, um tanto incompreensível para ela, a soletrar, com o uso das mãos, varias palavras.
No dia 5 do abril de 1887 Helen e sua professora estavam no quintal da casa. perto de um poço, bombeando água. A professora Sullivan colocou a mão de Helen na água fria o sobre a outra mão soletrou a palavra “água” primeiro vagarosamente, depois rapidamente. De repente, os sinais atingiram a consciência de Helen agora com um significado. Ela aprendeu que “água” significava algo frio e fresco que escorria entre suas mãos. A seguir, tocou a terra e pediu o nome daquilo e, a anoitecer já havia relacionado trinta palavras a seus significados.
Este foi o começo da educação de Helen Keller. Numa sucessão rápida ela aprendeu os alfabetos braille e manual, facilitando assim, sua aprendizagem da escrita e leitura. Em 1890 ela surpreendeu a “Professora” (como chamava à Anne Sullivan) pedindo para aprender a falar. Helen Keller aprendeu a falar aos dez anos. “Eu tinha dez anos quando Annie *Annie é o tratamento familiar de Anne* me levou a primeira lição de linguagem falada em casa de Miss Sarah Fuller (Diretoria da Escola de Surdos Horace Mann). Os poucos sons que eu então produzia, eram ruídos inexpressivos, quase sempre roucos, pelo esforço que empregava para obtê-los. Pondo minha mão em seu rosto, para que eu sentisse a vibração de sua voz, Miss Fuller ia repetindo vagarosamente e muito claro, o som *ahm*, enquanto Miss Sullivan soletrava a palavra *ahm* na minha mão. Eu ia imitando come podia, conseguindo ao fim de algum tempo, articular o som a contento da mestra. Ao final de minha décima primeira lição, fiz uma surpresa para Annie, puxei-a pelo braço, coloquei a posição da língua e disse claramente: “EU NÃO SOU MAIS MUDA”.
Sob a orientação de Anne Sullivan, matriculou-se no Instituto Horace Mann para Surdos de Boston e depois na Escola Wright-Humason Oral de Nova Yorque onde, durante dois anos, recebeu lições de linguagem falada e de leitura pelos lábios.
Helen Keller além de aprender a ler, escrever e falar demonstrou, também, excepcional eficiência no estudo das disciplinas do currículo regular.
Quando pequena, Helen Keller costumava dizer: “Algum dia cursarei uma faculdade” e de fato cursou. E 1898 entrou na Escola Cambridge para Mocas; em 1900, para a Universidade Radcliffe onde, em 1904, recebeu seu diploma de bacharel em filosofia. Durante seu período de estudante a professora Anne Sullivan foi sua orientadora constante transmitindo todas as aulas para Helen, através do alfabeto manual, encorajando-a e estimulando-a. todos os livros de consulta que não existiam em braille eram laboriosamente soletrados nas mãos de Helen. Além das aulas da Universidade, Anne soletrava aulas de francês, latim e alemão.
Com a obtenção de seu grau de bacharel, acabaram-se os dias de educação formal de Helen. Todavia, através de toda sua vida, continuou a estudar e manter-se informada sobre todos os assuntos de importância para o mundo moderno. Em reconhecimento de sua capacidade e realizações acadêmicas, Helen Keller recebeu títulos e diplomas honorários das Universidades Temple e de Harward e das Universidades da Escócia (Glasgow)! Alemanha (Berlim), índia (Nova Delhi) e de Witwaterstrand (Johannesburg. África do Sul).
Em 1905 a professora Anne Sullivan casou-se com John A. Macy, eminente critico literário. o casamento não interrompeu o relacionamento de aluna e professora. Helen Keller foi morar com o casal que continuou auxiliando-a em seus estudos e outras atividades. Antes de se formar Helen Keller fez sua estréia na literatura escrevendo sua autobiografia “A História de Minha Vida”, publicada em 1902, e em seguida no Jornalismo com uma serie de artigos no “Ladies Home Journal”. A partir dessa data não parou mais de escrever. Em seus trabalhos literários Helen usava a máquina de datilografia braille preparando os manuscritos e depois copiava-os numa máquina de datilografia comum.
Escreveu inúmeros artigos para revistas e alem da “História de Minha Vida”, escreveu vários livros entre os quais:
“Otimismo - um ensaio”
“A Canção do Muro de Pedra”
“O Mundo em que Vivo”
“Lutando Contra as Trevas” (Minha professora Anne Sullivan Macy).
“Minha Religião”
“Minha Vida de Mulher”
“Paz no Crepúsculo”
“Helen Keller na Escócia”
“O Diário de Helen Keller”
“Vamos ter Fé”
“Dedicação de Uma Vida”
“A Porta Aberta”



“O dia mais importante de toda minha vida foi o da chegada de minha professora Sullivan. Fico profundamente emocionada, quando penso no contraste imensurável das duas vidas que se juntaram. Ela chegou no dia 3 de março do 1887, três meses antes de eu completar 7 anos”
“Belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma musica que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver”.
HELEN KELLER










Helen Keller holds her Oscar award for the documentary, "Helen Keller In Her Story", circa 1954.

Fontes

http://helenkeller1880.vilabol.uol.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helen_Keller
http://thinkpeace.wordpress.com/2009/02/16/492/
http://www.medaloffreedom.com/HelenKeller.htm

Um comentário:

Lucia Constantino disse...

Amigo poeta, li embevecida este artigo sobre Helen Keller, a quem tanto sempre, sempre admirei desde que eu era muito jovem, nos meus idos 14 anos... e novamente aqui meus olhos encheram-se de lágrimas ao ler o belo texto que vc. postou. No meu blog também há homenagem à Helen, que escrevi há muito tempo e re-editei recentemente. Meu caro amigo, teu blog é pleno de paz. Um grande abraço.